Utilidade Pública

segunda-feira, 15 de janeiro de 2024

A silenciosa crise econômica de Joaçaba


 

Esse é um texto político e não sobre política. Nos últimos anos, a microrregião de Joaçaba tem enfrentado uma decadência econômica silenciosa, devido a falta de injeção de grandes investimentos da iniciativa privada e até pública. Apesar de todos os esforços da Prefeitura de Joaçaba, na busca de uma nova matriz econômica para cidade com base na inovação, a qual não deve parar, observo nos últimos 15 anos uma lenta desaceleração no nosso crescimento econômico, principalmente se comparados com outras regiões. O cenário é simples: A última grande indústria implantada na cidade, foi o frigorífico Aurora, há 10 anos. A Unoesc, uma grande indutora de renda, perdeu força. Grandes empresas da cidade, algumas nascidas aqui, foram vendidas ou fechadas, como a LIMGER ou a WEG que silenciosamente parou suas atividades. As poucas empresas que restam, penam com dificuldades como mão de obra, incentivo econômico e infraestrutura. O comércio vive um drama à parte. Assim como qualquer varejista do Brasil, principalmente em pequenas cidades, sofre com a competição desleal com o comércio eletrônico, que vende mais barato e não conta com metade dos custos de uma empresa local. O varejo local, que paga aluguel, contrata mão de obra e outros serviços na cidade, fazendo com que o dinheiro circule. Vemos salas na XV de novembro há meses em busca de inquilinos, grandes franquias fechando as portas e mensalmente uma loja deixa de funcionar em nossa cidade. A cidade precisa olhar a realidade, os fatos que estão gritando em nossa cara, não se cegando diante do “título” de qualidade de vida invejável, implantada de forma politiqueira nas décadas passadas, para entender que necesita urgentemente atrair investimentos privados de forma robusta e fazer a econômica local voltar a ser destaque na região. Até quando iremos ficar na sombra do status de cidade rica? Enquanto nos cegamos pela vaidade de títulos do passado, vemos cidades e regiões vizinhas prosperarem com atração de grandes empresas, valorização do empresário local e busca por sustentabilidade. O momento de fazer alguma coisa é agora, temos um Governador, as entidades representantes da sociedade como ACIOC e CDL, precisam ser mais efetivas, parar de perder tempo com ações que o tempo já demonstrou que não surtem efeito e cobrar ações efetivas na atração de novos investimentos, incentivo ao empresário já instalado na cidade para que amplie seu negócio ou ainda tenha uma sobrevida nesse momento.  Algo precisa ser feito e urgente.

Fonte: Paulo Afonso Silva

Jornalista e profissional de marketing

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