Santa Catarina é destaque nacional no número de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) habilitados. O Estado foi o que mais abriu leitos de UTI desde janeiro de 2023. Um trabalho intenso, que vem sendo realizando pelo Estado por meio da Secretaria da Saúde, garantiu a incorporação e habilitação de 220 unidades ao Sistema Único de Saúde (SUS), chegando ao total de 1.296. Os dados vêm de registros do Ministério da Saúde. Em comparação com o início do ano passado, houve um crescimento de 20,46%, já que havia 1.076 leitos de UTI habilitados. Como o estado que lidera o Ranking, Santa Catarina ficou à frente, por exemplo, do Rio de Janeiro, em 2º, com 191 UTIs e Minas Gerais, com 134.“Habilitar um leito de UTI em Brasília não é fácil. É preciso conhecimento técnico e entrada nos gabinetes do Ministério. Por isso, essa primeira posição tem que ser comemorada muito, porque é fruto do trabalho da nossa Secretaria da Saúde e de tudo que foi feito desde o começo do nosso mandato”, comemorou o governador Jorginho Mello.
Estado garante custeio Vale ressaltar que mesmo antes dos leitos firmarem convênio com o Ministério da Saúde, o Governo de Santa Catarina custeia integralmente o funcionamento para atender a população até que a burocracia seja vencida. Ou seja, os leitos de UTI continuam em expansão mesmo que não tenham ainda a habilitação do governo federal. Em SC, por exemplo, já são 230 leitos abertos nesse mesmo período, enquanto 220 leitos foram habilitados junto ao ministério. As habilitações são importantes porque dão folga para o caixa estadual, que pode aplicar os recursos em outras frentes. Atualmente, Santa Catarina desembolsa R$ 1,2 mil por leito vago e R$ 1,8 mil por leito ocupado. Mesmo após a habilitação, o Estado segue pagando o mesmo valor aportado pelo Ministério da Saúde, sendo R$ 600 do MS e mais R$ 600 do Estado. “O número de leitos incorporados ao SUS é absoluto e não proporcional. Isso influencia diretamente a realização de cirurgias e evita a compra de leitos no privado. Tem uma sobrecarga na rede em momentos de sazonalidade, como nós passamos recentemente com as síndromes respiratórias agudas, mas o Estado segue ampliando a rede e trabalhando para dar a assistência necessária aos pacientes”, disse o secretário de Estado da Saúde, Diogo Demarchi, reafirmando que até o fim do ano Santa Catarina abrirá ainda mais leitos para atender a população. Recorde também em cirurgias A abertura de mais leitos de UTI para atender a população garantiu também a possibilidade de a Saúde de Santa Catarina avançar na realização de cirurgias, com uma redução expressiva no tempo de espera por um procedimento no estado, em especial nas operações de alta complexidade. Desde o início de 2023, foram realizadas 545.749 cirurgias, número que representa quase 7% da população total de Santa Catarina – se considerarmos que cada cirurgia atendeu a um cidadão diferente nesse período. Foram 223,5 mil cirurgias eletivas com internação, 127,2 mil cirurgias oftalmológicas e 215 mil cirurgias emergenciais até agosto de 2024. A soma dos três tipos de procedimentos levam ao recorde de 565,7 mil cirurgias realizadas em menos de dois anos.
O Dia Nacional da Cachaça é comemorado no dia 13 de setembro. A celebração da bebida destilada, exclusiva do Brasil, não é apenas pelo seu sabor, mas também pela sua história que remonta a época de colonização portuguesa. Em Santa Catarina, o município de Luiz Alves foi decretado, em 2018, a Capital Catarinense da Cachaça e representa uma das inúmeras cidades onde a bebida é destaque como produto gastronômico. Assim, no estado, a produção da cachaça começou em 1.738 e fortaleceu as tradições e a economia local. A bebida é obtida por meio da fermentação do caldo de cana e pode ser envelhecida a fim de suavizar a acidez, enriquecer a cor e intensificar o sabor.
Conheça as características da cachaça catarinense Santa Catarina possui uma diversidade de fatores que influenciam no sabor da cachaça. De acordo com o Relatório de inteligência do SEBRAE/SC, a qualidade da bebida catarinense pode ser explicada por quatro causas: variedade climática e de solo; a herança cultural; o rigor técnico e fitossanitário e a tradição no armazenamento. Essa junção de fatores faz com que Santa Catarina produza cachaças com perfis sensoriais distintos, visto que a extensão territorial somada à diversidade climática da Serra ao Litoral influenciam no produto. Outra condição que favorece a singularidade do destilado catarinense é a pluralidade cultural. A forte imigração alemã, portugueses, italianos e a presença dos próprios indígenas nativos fizeram com que a cachaça catarinense se desenvolvesse com tradições e técnicas de fermentação de destilação únicas. Além disso, Santa Catarina foi pioneira na cultura do uso de barris de carvalho para armazenar a bebida. As cachaças catarinenses premiadas Santa Catarina possui 73 empresas ativas produtoras de cachaça, de acordo com dados do Sebrae/SC, espalhadas de leste a oeste no território. Aos amantes da experiência gastronômica, é possível incluir no roteiro de viagem uma parada em alguma das cachaçarias catarinenses premiadas. A exemplo de Lauro Mueller e a cachaça Cafundó da Serra, destaque do Spirits Selection 2020 realizado em Bruxelas, cuja aguardente produzida pela Família Godinho remonta aos anos 1989 e traz a tradição familiar. Mais ao sul do estado, em Olsen, a Cachaçaria Orben ganhou fama internacional com a Cachaça do Conde. Em Gaspar, a Cachaçaria Moendão, vinculada à família Schmitt, atua no ramo da produção da bebida desde 1890 e utiliza barris de carvalho no processo de envelhecimento, além de frutas que somam um aroma e sabor diferenciados. Na região de Encantos do Sul, em Pedras Grandes, fica a Cachaçaria Imigrante, também premiada em Bruxelas em 2020. E no município de Luís Alves, os turistas podem visitar diversos alambiques, com destaque especial para dois reconhecidos mundialmente: o Alambique Bylaardt e a Destilaria Rech.
A incorporação dos cerca de R$ 8,56 bilhões esquecidos no sistema financeiro às contas do Tesouro Nacional não representa confisco de recursos, esclareceu na noite desta sexta-feira (13) a Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (Secom). Em nota, o órgão ressaltou que os donos dos recursos poderão pedir o saque, mesmo após a incorporação. A transferência dos recursos ao Tesouro Nacional consta do projeto que compensa a prorrogação da desoneração da folha de pagamento de 17 setores da economia e de 156 municípios, aprovado de forma definitiva pela Câmara dos Deputados na quinta-feira (12). Os R$ 8,56 bilhões comporão os R$ 55 bilhões que entrarão no caixa do governo para custear a extensão do benefício. No comunicado, a Secom destacou que a previsão para incorporação desses recursos pelo Tesouro Nacional está prevista em legislação há mais de 70 anos, por meio da Lei 2.313 de 1954. O texto esclarece que, diferentemente de um confisco tradicional, os cidadãos poderão reclamar os valores esquecidos. O Ministério da Fazenda, informou a Secom, publicará um edital no Diário Oficial da União com informações sobre os valores a receber. O recolhimento poderá ser contestado pelos que tiverem direito.
Contabilização O Banco Central e o Ministério da Fazenda divergem sobre a forma de contabilizar os valores esquecidos. Para o BC, a transferência dos valores esquecidos para o Tesouro não representa um esforço fiscal porque não resulta de economia de recursos do governo, mas de dinheiro dos correntistas. Haddad diz que há precedentes que permitem a inclusão dos R$ 8,5 bilhões deixados de lado no sistema financeiro na meta fiscal de déficit primário zero para 2024. Na última quarta-feira (11), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, informou que existe precedente que permite a inclusão dos R$ 8,5 bilhões para reforçar as contas do Tesouro Nacional. O ministro citou o caso dos R$ 26,3 bilhões parados no antigo fundo PIS/Pasep. No fim de 2022, a emenda constitucional da transição autorizou a transferência do dinheiro para o Tesouro Nacional. A Fazenda considera que o dinheiro reforçou o caixa do governo em 2023, mas o BC não reconheceu o valor, o que levou à maior divergência entre as estatísticas dos dois órgãos da história.